Segundo dados de 2023 da americana KHL, cerca de 25% dos equipamentos novos adquiridos no Brasil foram direcionados para empresas de locação. Esse movimento para marcas como Caterpillar, John Deere, Volvo entre outros mostra como o mercado está mudando sua atuação no setor de obras pesadas.
Para Renan Oliveira da De Amorim Locadora, o setor de construção pesada brasileiro entendeu os benefícios de alugar um equipamento que podem custar milhões de reais frente a aquisição definitiva:
“Uma das características do novo modelo de gestão das empresas construtoras é aliar a eficiência operacional com um moderno programa de gastos, então a locação de equipamentos se encaixa perfeitamente nessa nova realidade. Se antes as empresas eram avaliadas, entre outras coisas, pelo número de equipamentos que possuíam, agora a entrega que fazem é o que conta”.
Entre as vantagens que conquistaram o mercado está a tranquilidade em conseguir mobilizar e desmobilizar equipamentos de acordo com o andamento da obra, a segurança em contar com oficinas móveis de atendimento 24×7 além dos custos:
“Se antes era necessário investimentos pesados em aquisição de equipamentos, comprometimento do fluxo de caixa e quase que uma aposta no recebimento dos valores para o pagamento das prestações, hoje é possível equalizar exatamente as obras com o número de horas necessárias. O investimento não fica mais encostado aguardando a obra deixando valores altos imobilizados, simplesmente se aluga enquanto o equipamento é necessário” finaliza Renan.
Em todo o Brasil há uma estimativa de que estejam em operação pelo menos 10 mil equipamentos com idade variando entre 10 e 15 anos. A demanda na fabricação está tão alta que a ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) projeta que as vendas de retroescavadeiras no Brasil atinjam 31.800 unidades, um aumento de 5% em relação ao ano anterior.