Mesmo sendo produtos de alta durabilidade, os pavimentos asfálticos não são eternos. Dependendo do tipo de tráfego, da carga recebida e das condições climáticas, o asfalto pode precisar ser substituído a cada 5, 10 ou até 20 anos.
O que muitas vezes as pessoas que passam por rodovias em obras não sabem é que a troca não envolve apenas a camada visível, é preciso também reestruturar o que está por baixo:
“Uma avenida construída nos anos 1980 não foi projetada para receber o fluxo de veículos pesados que circula hoje. Em muitos casos, trocar só o asfalto não resolve. A base precisa ser refeita com materiais que suportem o volume atual de tráfego”, explica Dhyan de Amorim, gestor da unidade de produção da De Amorim Mineradora, empresa sediada em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba.
Conforme dados da Anepac (Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção), cada quilômetro de estrada pavimentada consome, em média, 10 mil toneladas de agregados como brita e areia. E é justamente a brita que forma a base do pavimento, garantindo estabilidade e drenagem:
“Pouca gente sabe, mas a brita tem um papel decisivo na qualidade da pavimentação. Ela não apenas nivela o solo, como também evita alagamentos. Se a drenagem for comprometida, o asfalto vai ceder muito antes do esperado”, explica Dhyan.
Uma das etapas mais importantes na recapagem de vias, ou mesmo em novos pavimentos é o uso da brita correta, com a granulometria adequada. Em regiões mais frias, por exemplo, é necessário um tipo específico de brita para facilitar a drenagem da água e evitar que ela congele e dilate, danificando o pavimento:
“A escolha do tipo de brita para cada obra depende de diversos fatores: tipo de solo, clima da região, volume de tráfego e até inclinação da via.Esse cuidado técnico é o que garante pavimentos mais duráveis e seguros.O Brasil está em constante expansão urbana, e isso exige soluções mais inteligentes. A mineração fornece os insumos, mas é o bom planejamento que assegura ruas e estradas de qualidade”, conclui o gestor.





